Dia 1, Lisboa/ Tunes/ Hammamet
Depois de uma viagem relativamente tranquila e de uma aterragem perfeita a viagem atingiu características catastróficas à chegada ao aeroporto de Tunes. Para começar não havia nenhum representante da "Solplan" (recentemente falida...pudera!!!) à nossa espera e depois de andarmos às voltas que nem galinhas tontas (nós e todos os portugueses e espanhóis do grupo) lá descobrimos o guia que nos indicou a porta de saída onde estaria o autocarro que nos levaria ao hotel em Hammamet.., só que antes que conseguíssemos encontrar o autocarro ocorreu a primeira burla desta viagem! Recordando que esta foi uma das minhas primeiras viagens e, portanto não tinha muita experiência, acabei sendo levado na conversa de dois indivíduos que se apresentaram como guias da Solplan, com identificação e tudo, que prontamente nos deram as boas vindas, encheram de flores e nos pediram umas moedinhas. Assim que abri a carteira sacaram-me a primeira nota que viram e "deram o fora"! Só que os verdadeiros guias encontravam-se noutro lado do aeroporto à nossa espera! A partir daqui fiquei com o olho bem aberto e nem os bagageiros no autocarro se safaram pois cortei logo com as gorgetas!
Depois de uma viagem relativamente tranquila e de uma aterragem perfeita a viagem atingiu características catastróficas à chegada ao aeroporto de Tunes. Para começar não havia nenhum representante da "Solplan" (recentemente falida...pudera!!!) à nossa espera e depois de andarmos às voltas que nem galinhas tontas (nós e todos os portugueses e espanhóis do grupo) lá descobrimos o guia que nos indicou a porta de saída onde estaria o autocarro que nos levaria ao hotel em Hammamet.., só que antes que conseguíssemos encontrar o autocarro ocorreu a primeira burla desta viagem! Recordando que esta foi uma das minhas primeiras viagens e, portanto não tinha muita experiência, acabei sendo levado na conversa de dois indivíduos que se apresentaram como guias da Solplan, com identificação e tudo, que prontamente nos deram as boas vindas, encheram de flores e nos pediram umas moedinhas. Assim que abri a carteira sacaram-me a primeira nota que viram e "deram o fora"! Só que os verdadeiros guias encontravam-se noutro lado do aeroporto à nossa espera! A partir daqui fiquei com o olho bem aberto e nem os bagageiros no autocarro se safaram pois cortei logo com as gorgetas!
Depois de uma viagem bastante longa entre Tunes e Hammamet a bordo de autocarro que em Portugal já estaria "abatido", chegámos finalmente ao Hotel "Iberostar Averroes". Depois da habitual seca do guia na receção e da (previsível) extorsão do bagageiro, pudemos finalmente descansar e depois conhecer o hotel e arredores.
O Hotel é bastante aceitável considerando a bagatela que pagámos pelo programa completo (hotel em Hammamet + hotéis no circuito + tudo incluído: cerca de 500 euros em 2008), penso que equivalente a um hotel de 4 estrelas em Portugal, a única coisa a apontar é o serviço de bar e restaurante que é deplorável!
Dia 2, Hammamet/ Kairouan/ Tozeur
Acordámos cedíssimo e depois de um pequeno-almoço muito pobrezinho entrámos no autocarro (ou algo parecido) rumo a Kairouan, a cidade santa da Tunísia.
Em primeiro lugar visitámos uns enormes reservatórios de água que foram construídos pelos Aghlabíes no século IX e que ainda funcionam nos dias de hoje.
Ali perto encontrei um senhor vestido com os trajes tradicionais, sentado ao lado de um dromedário todo enfeitado e a quem nos lembrámos de tirar uma foto... Só para não variar, o homem esticou a mão e começou a praguejar na língua dele e assim ficou eternizado na foto seguinte...
De seguida visitámos o Mausoléu do Barbeiro, que alegadamente seria um companheiro de Maomé que terá transportado até à morte três pelos da barba do Profeta e daí ter sido apelidado de barbeiro. Claro que isto foram informações tiradas da internet, pois da explicação do guia em castelhano, nada entendi! Sou péssimo com a lingua espanhola! Porque até aqui pensava que era de facto o barbeiro de Maomé!
Depois seguimos para a grande mesquita Okba edificada no ano 670 e que ainda preserva intocadas as 136 colunas de mármore de Carrara que suportam a estrutura, uma das características que a levou a ser considerada património da humanidade. Na parte da tarde visitámos a nossa primeira medina, que traduzido para português significa: "grande antro de perseguidores implacáveis!!" Cercados de todos os lados, quase nem tivemos tempo para nem paciência para visitar o mercado. Não fiquei fã de medinas e ainda faltavam muitas para visitar!
Nessa mesma noite seguimos para Tozeur numa viagem de 200km super cansativa, pois as estradas e o autocarro não ajudaram nada. Estávamos todos amassados à chegada a Tozeur, mas ainda tivemos tempo para visitar o Museu de Artes Etnográficas onde a história da região é apresentada através de várias figuras de cera que representão as actividades que marcam a cultura local.
Finalmente no hotel e depois de um bom duche, tivemos tempo para conhecer o nosso grupo composto por alguns portugueses e muitos espanhóis que falavam pelos cotovelos!
Dia 3, Tozeur/ Chebika/ Mides/ Chott el Jerid/ Douz
De manhã bem cedo, partimos em veículos 4x4 para as montanhas de chebika passando por planícies desérticas e aldeias recônditas numa experiência bastante divertida.
Já em chebika (ver artigo "Ao Pormenor: A montanha de Chebika"), conhecemos a história da população local que foi obrigada a abandonar a aldeia na década de 60 devido a fortes inundações que provocaram deslizamentos de terra destruindo tudo ao seu redor.
Depois o passeio começa num
pequeno comércio onde nos tentam impingir umas bugigangas, nada que não
seja habitual para quem está habituado a viajar. Os meninos seguiram-nos
para todo o lado tentando vender umas pedrinhas (a famosa rosa do
deserto) e pedinchando, aqui e ali, tudo o que pudéssemos dar. É preciso
entender que estas pessoas são extremamente pobres e dependem do
turismo para viver por isso é preciso ter um pouco de consciência e
tolerar estas "perseguições", com o tempo acabamos por nos habituar.
Depois a visita segue num serpentear entre o palmeiral, atravessando
tunéís na rocha até chegarmos à pequena relíquia desta montanha, o
oásis. Em si não é nada de espectacular, mas pela sua envolvência acaba
se tornando algo de especial.
O próximo destino do "cardápio" foi o desfiladeiro de Mides (ver "Ao Pormenor: O desfiladeiro de Mides". Cenário de filmes como
"O Paciente Inglês", este local é praticamente desconhecido da maioria
dos turistas que visitam a Tunísia, pois não existem muitos meios e
informações de como chegar aqui.
É de certeza um dos mais
bonitos oásis de montanha da Tunísia, com um impressionante
desfiladeiro que se estende por 3 km, e foi em tempos usado como
fortaleza defendendo a aldeia que outrora aqui existia.
Foto: www.easyvoyage.co.uk |
Continuamos nos veículos 4x4 em direção a um aldeia berbere abandonada no meio do deserto, deixando o alcatrão para trás, atravessando dunas a uma velocidade vertiginosa ao som da musica típica local. Aquilo é que foi adrenalina!!!
A aldeia é bastante interessante devido à sua remota localização e à arquitectura. Construídas com troncos de palmeira e lama, pelo que deu a entender.
Na parte da tarde seguimos para Douz, atravessando o espetacular lago salgado "Chott el Jerid" (ver "Ao Pormenor: O lago salgado "Chott el Jerid). É o maior lago salgado da Tunísia localizado entre Tozeur e Kebili. Tem uma área de aproximadamente 5000 km2, 25 metros abaixo do nível do mar e encontra-se seco na maior parte do tempo, proporcionando uma paisagem no mínimo invulgar devido às elevadas concentrações de sal presentes.
Em Douz, descarregámos as nossas tralhas no hotel e ainda tivemos tempo para ver um magnífico pôr do sol nas dunas. Douz é considerada "a porta do deserto" pois encontra-se literalmente às portas do Saara.
Aqui já se faziam sentir as altas temperaturas características da região, e que bem que soube esse calor, depois dos poucos amigáveis 18 graus que se faziam sentir no resto do país!!!
Como é típico de um deserto, amanheceu num frio de rachar! Fomos então levados para as dunas onde nos aguardavam (impacientemente) uns "babosos" dromedários. São animais curiosos e não gostaria de estar no lugar deles, carregando turistas idiotas o dia todo!! Vida de camelo! Fizeram-nos vestir uns trapos imundos que tresandavam a suor e lá fomos nós às costas do came.., dormedário ( até aqui não sabia que existiam dromedários e camelos, pensava que era tudo o mesmo. Sempre a aprender!) Devo dizer que não são nada confortáveis e nada asseados também! E o processo de subir para a sela é no mínimo arriscado.., mas foi interessante.
De tarde seguimos para Madhia, onde seria a nossa estadia, passando pela paisagem lunar de Matmata onde visitámos uma casa troglodita (ver "Ao Pormenor: É uma casa troglodita com certeza!".
As casas típicas trogloditas são escavadas nas rochas e muitas delas ainda se encontram em uso, claro que esta casa em particular não passa de mais um museu para "inglês ver", mas ainda assim vale pela experiência.
As casas típicas trogloditas são escavadas nas rochas e muitas delas ainda se encontram em uso, claro que esta casa em particular não passa de mais um museu para "inglês ver", mas ainda assim vale pela experiência.
Dia 4, Madhia
Neste dia visitámos a ultima atração deste circuito, o anfiteatro romano de "El Djem" (ver "Ao Pormenor: O anfiteatro romano de El Jem").
É o maior do norte de África e o segundo maior do mundo a seguir ao Coliseu de Roma. Nos tempos áureos chegava a acomodar cerca de 35 mil espectadores o que não deixa de ser notável para aquela altura.
O monumento ainda conserva a maior parte da infra-estrutura de suporte para o bancadas sendo que a parede do pódio, a arena e as passagens subterrâneas se encontram praticamente intactas.
Dias 6 e 7, Hammamet
Foram dias essencialmente para descansar, pois o circuito é bastante cansativo. Tudo incluído, banho turco e muita piscina!!!
Foi uma viagem inesquecível com contrastes fabulosos, desde a zona mediterrânica até ao deserto e ficará para sempre na minha memória.
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