março 26, 2016

De Volta à Ásia: Laos, Vietname e Camboja

Em 2012 fiz uma viagem que para mim foi memorável. Há muito que queria ir para a Tailândia mas depois de pesquisar nas agências de turismo não fiquei muito agradado com as limitações impostas pelas mesmas e pelos preços exorbitantes. Os preços rondavam os 1200 a 1600 euros por pessoa e apenas incluíam 6 dias efectivos naquele paraíso, ou seja, vinte e tal horas de avião e depois 2 dias em Banguecoque e 4 dias em Phuket ou Phi-Phi. E foi então que organizei a minha primeira grande viagem, cujo relato conto aqui. Fiquei perto de vinte dias, vi Banguecoque, Ayutthaya, Chiang Mai, Phuket e Phi-Phi, fiz muitas excursões e diverti-me imenso e gastei o mesmo valor que a agência me pedia para 6 dias!!!

A experiência correu lindamente e, passados estes anos, decidi voltar para visitar os países vizinhos numa longa e louca viagem (não tão louca como alguns que ficam lá meses e meses, mas eu tenho emprego  e não vivo na casa dos meus pais!). A ideia era visitar o Laos, Vietname e Cambodja em 27 dias sem exagerar muito no roteiro, e no fim acho que correu muito bem, o que correu menos mal eu vou aqui referir para que não cometam o mesmo erro.



Itinerário: 


01 - Banguecoque
02 - Banguecoque
03 - Vienciana
04/ 05/ 06 - Vang Vieng
07/ 08/ 09 - Luang Prabang
10/ 11 - Hanoi/ Halong Bay
12 - Hué
13/ 14 - Hoi An
15 / 16 - Ho Chi Minh
17/ 18/ 19/ 20 - Phu Quoc
21 - Ho Chi Minh
22 - Phnom Penh
23/ 24/ 25 - Siem Reap
26 - Banguecoque - Fim de viagem
 
Dia 1 - Banguecoque

Ora como disse no início deste post, eu já aqui estive em 2012 e por isso ( e porque tenho pouco tempo) a Tailândia não entrou  neste roteiro, apenas 2 dias na capital para descansar das 30 horas de viagem!!! Quem quer incluir a Tailândia neste roteiro deve adicionar no mínimo 3 semanas. E não pensem que só porque as agências conseguem incluir uma parafernália de destinos e actividades em apenas 7 ou 15 dias de viagem que isso é exequível! Por isso devemos ser realistas na hora de fazer o nosso roteiro pois devemos contar com alguns imprevistos, com o cansaço e o orçamento, é claro.
Ora voltando atrás, as referidas 30 horas de viagem levam-me ao erro número 1: Onde eu estava com a cabeça quando escolhi um voo de 2 escalas??? Brasileiros por favor ignorem este erro número 1 pois para vocês é bem normal fazer muitas escalas para chegar neste lado do globo!! Já eu fui escolher este voo por causa da porcaria de 100 euros mais ou menos!

Do aeroporto para a cidade (Silom ou China Town):
Na chegada ao aeroporto internacional existem algumas opções para seguir para o centro da cidade. Eu não recomendo muito o táxi porque existem demasiados esquemas e quem sai a perder somos nós. Quase ninguém usa táximetro ( apesar de dizerem o contrário) e eu não tenho paciência para as negociatas! Por isso fui de sky train que foi uma óptima opção, rápida e barata. Basta seguir as indicações para SA ligação ferroviária (no porão). Comprar ingressos para City Line para Makkasan.Em Makkasan, siga as indicações para a estação MRT Phetchaburi (metro) onde compra outro bilhete para a estação ferroviária Hualampong.Tudo isto fica em torno de 3 euros!!
 A China Town e Silom Square são zonas bem próximas à estação Hualampong onde poderá apanhar o comboio da noite para Nong Khai (para quem segue para Vientiane).
Quem deseja ficar noutras zonas da cidade como Khao San Road ignore o Sky train pois a estação final ainda fica longe da rua e teria que ir de taxi de qualquer maneira. Aí terá que enfrentar o táxi e boa sorte. Não se esqueça de pedir (tentar) ao motorista que ligue o táximetro e nada de negociar. Se ele não quiser procuro outro até conseguir. Serão mais ou menos 400 THB até ao centro.
Também pode ir no autocarro (airport bus) que custa 150 THB e o deixa no final da Khao San road.


Chegando...
No primeiro dia chegamos por volta das 16h,  e depois de deixarmos as malas? no hotel.., espera lá! Onde estão as malas?! Ah pois é! Já me esquecia que a Air China (oh Meu Deus) fez o favor de perder as malas, ou delayed como eles preferem dizer! Então só houve malas no dia seguinte... Entretanto lá fomos nós para a China Town em ténis, calças de ganga e blusa interior desfilar nos 40 graus de uma das cidades mais sufocantes do mundo! Depois de ir buscar os meus bilhetes de comboio para Vienciana, tivemos de comprar umas roupinhas mais tarde na Silom Square.


Dia 2 - Banguecoque/ comboio da noite para Nong Khai

A China Town em Banguecoque é um "mundo" de ruas e ruelas e é uma atracção bem popular na cidade onde podemos encontrar de tudo, desde a famosa comida de rua, lojas, mercados, templos e muito mais.
Depois de almoçar seguimos para o Wat Traimit, um dos templos famosos que ainda não tinha visto na cidade. 








Depois de visitar o templo segui em direcção ao rio Mekong uma vez mais, relembrando os momentos maravilhosos que por aqui passámos em 2012 na nossa primeira visita ao país. Passámos também pelos templos e depois um  merecido descanso num jardim ali perto.
Depois foi voltar para o hotel para buscar as malas e seguir para a estação Hualamphong onde o nosso comboio aguardava.

A melhor maneira de viajar entre Banguecoque e Vienciana é no comboio da noite. Não só os voos entre os dois países são muito caros como também tomam muito tempo no nosso roteiro. Viajar no comboio da noite ajuda a poupar tempo e dinheiro, uma vez que não precisa reservar um hotel e pode ser uma experiência bastante positiva, pois conhecemos pessoas de todo o mundo.

Foto: seat61.com
Foto: seat61.com


O ar condicionado é prioridade neste comboios, pois nunca me esqueço da viagem que fiz entre Chiang-Mai e Banguecoque em 2012 em que quase torrava vivo!!
Não é boa ideia comprar o bilhete na estação Hualamphong pois os ingressos esgotam rapidamente especialmente em alturas de celebrações. Eu comprei os meus bilhetes com antecedência através da 12Go Asia e correu lindamente. Quando cheguei foi só levantar os bilhetes no escritório da 12Go Asia que fica mesmo em frente à estação Hualamphong.

Dia 3 - Nong Khai/ Vienciana

À chegada a Nong Khai seguem-se as formalidades de saída da Tailândia onde apenas controlam o seu passaporte, depois tempos de atravessar a ponte num autocarro e aí seguem-se as formalidades de entrada no Laos. Para entrar no Laos é necessário um visto que pode ser obtido à chegada no país.É muito importante levar DÓLARES pois se não temos de pagar em THB e a conversão faz disparar o preço dos vistos. No meu caso como não consegui arranjar dólares em Banguecoque (leve de casa) tive de pagar em THB. No total, ao invés de pagar 35 euros acabei pagando 50 após a conversão criminosa das autoridades locais!!!! É também necessário uma foto tipo passe, mas se não a tiver não há problema pois por 1 dólar eles tratam disso, mas vai levar ainda mais tempo!
As filas são intermináveis e as formalidades podem levar bastante tempo, pois é preciso preencher um monte de papelada inútil e esperar que os papéis passem de guiché em guiché até chegar nas suas mãos junto com o visto no passaporte!



http://pt.vietnamitasenmadrid.com





Depois das formalidades, começámos a procurar por meios de transporte para percorrer os quase 30 km que ainda faltavam para a capital Vienciana. Logo apareceu um senhor num Songthaew (pick-up adaptada a transporte colectivo) a oferecer os seus serviços por apenas 3 euros. É possível pagar bem menos se tiver a paciência de esperar pelo autocarro verde que ali para, mas demora muito mais tempo a chegar à cidade.

http://rejse-til-thailand.dk


O Laos é um país encantador mas muito pobre. Nos 30km que percorremos desde a fronteira até à capital conseguimos ver um pouco do que é a vida no país. As habitações são muito precárias, sendo na sua maioria barracas de madeira e lata sem qualquer tipo de luxo, muito menos água potável e sistemas sanitários. Nas ruas as crianças brincam descalças, saltitantes e alegres, alheias a todas as dificuldades que as rodeiam...
As estradas são um pesadelo e são do pior que já vi, e passámos pouco tempo nelas, pois temos que nos desviar das enormes crateras e também de algumas vacas que a atravessam na maior das despreocupações!! Qualquer percurso de 100km leva o triplo do tempo e se torna num pesadelo.

Foi com enorme espanto que chegámos a Vienciana, uma cidade muito limpa e organizada com as suas habitações de influência colonial francesa.
É uma cidade muito voltada para o turismo, com bons alojamentos, restaurantes, bares e padarias onde se vende aquela baguete maravilhosa com sabor a côco!
É bem pequena a capital do Laos, e suas atrações principais podem ser vistas em apenas um dia. Por isso, alugámos umas bicicletas e partimos à descoberta passando por...

Patuxai Victory Monument






That Dam (Black Stupa)
Wat Sisaket


Reclining Bhuda

Pha That Luang


À noite jantámos num restaurante bem agradável com música ao vivo, acompanhados de uma cerveja "Beerlao" bem fresquinha e baratinha!
Depois uma visita ao mercado da noite onde se pode encontrar de tudo a preços bem baratos. Comprei uns calções por 3 euros e umas t-shirts bem porreiras! 

Dia 4 - Vienciana/ Vang Vieng

Chegando...

Decidi fazer a viagem entre Vientiane e Vang Vieng de mini bus aconselhado pelo recepcionista do hotel, que nos alertou para o mau estado das estradas. De autocarro demora muito mais tempo, cerca de 4 a 5 horas, enquanto que de mini bus fica por 3 horas.Comprei o bilhete no hotel e paguei cerca de 40.000 KIP (4.4€).
Cerca de 3 horas depois chegávamos à rua principal de Vang Vieng. De início foi um choque, pois o que encontramos foi uma avenida de casas empoeiradas e completamente deserta! Pensei para mim o que estaria lá a fazer! Depois de deixarmos as malas no hotel, começamos a percorrer as ruas e foi então que percebemos que a cidade era maior do que parecia à primeira vista, especialmente quando chegámos às margens do Rio Nam Song! Uau! Que imagem! Um rio de águas transparentes, ao fundo uma cordilheira de montanhas rochosas completam o enquadramento. 





A cidade, apesar da sua afluência turística, parece perdida no tempo. As suas construções são ainda antigas, tal como as acessibilidades. À parte das ruas principais, as restantes são de terra batida e ainda existem pontes de madeira e de bambu, suspensas por cabos ou cordas. Quase toda a cidade se encontra do lado oeste do Rio Nam Song, do lado este existem apenas pequenas povoações dispersas, ligadas por estradas rudimentares de terra batida.

Vang Vieng tem uma atracção, fútil do meu ponto de vista, que a tornou bastante popular entre os jovens turistas do sudeste asiático nos últimos anos. Chama-se Tubbing, e consiste em descer o rio de bóia, parando de bar em bar para beber até cair para o lado! Os "praticantes" são largados cerca de 5km a norte e depois vão descendo o rio de bar em bar. A loucura chegou a ser muito maior até meados de 2011, quando o número de fatalidades por afogamento entre os turistas praticantes desta modalidade chegou  21!! Existiam montes de bares à volta do rio, e o consumo de drogas e álcool em excesso era generalizado. A cultura deste local maravilhoso estava em perigo, e foi então que em 2012 o governo levou a cabo uma acção de limpeza nas margens do rio em que demoliram a maior parte dos bares devolvendo a pacificidade e a beleza da zona ribeirinha! 
Tenho sorte de ter visitado Vang Vieng nesta nova era do turismo na região, pois sou amante da natureza e este tipo de excessos não são para mim. É claro que ainda existe muita loucura na cidade mas nada que se compare com os anos anteriores.

Na parte da tarde decidimos explorar a zona oeste do rio. Alugámos uma scooter (não é necessário carta nem capacete, mas aconselho o uso do mesmo pois as estradas são muito acidentadas) passámos uma ponte de madeira para o outro lado e aventurámo-nos. A paisagem é essencialmente plana, com os seus campos agrícolas e vilarejos de cabanas de madeira e bambu, rodeada por montanhas escarpadas que parecem nunca mais acabar. As pessoas vivem essencialmente da agricultura e pecuária...








 

Existem várias cavernas na zona e foi exactamente isso que nos levou a visitar esta zona rural. Alguns quilómetros depois chegámos a uma gruta magnífica, e depois de alugarmos umas lanternas subimos a encosta escarpada e chegámos ao início do percurso. Eramos as únicas pessoas lá dentro e andámos centenas e centenas de metros na escuridão, apenas com as nossas lanternas na cabeça. A gruta é enorme e nunca chegámos a encontrar o final, pois achamos melhor voltar para trás devido à sinuosidade do percurso. Mas valeu pela experiência, algo que nunca poderíamos fazer num país desenvolvido devido às normas de segurança! 

 








No regresso à cidade passámos pela famosa Lagoa Azul, sobrelotada de turistas o que lhe retira o encanto todo. É uma linda lagoa de águas cristalinas e bem geladinhas, o que em dias muito quentes tem o seu lado bom. Mesmo ali ao lado fica a Caverna Tham Phu Kham, acessível através de uma escadaria vertiginosa de 200 metros, fora de questão para quem não está na sua plena forma!!





O jantar nessa noite foi muito bom. A comida aqui é bem diferente de outros países asiáticos e é à base de grelhados essencialmente. Entrecosto, entremeada, frango, tudo pinceladinho com um molho agridoce e acompanhado com o popular "sticky rice", fazem as delícias do turista. A não perder também, o famoso peixe do rio, e tudo a preços inacreditáveis. Uma refeição para 2 pessoas, com 2 cervejas Beerlao de 600ml fica por volta de 10 ou 12 euros!!


Dia 5 - Vang Vieng 

Para o segundo dia em Vang Vieng reservei uma excursão que inclui Tubbing numa caverna de água e kayaking no rio Nam Song. O tubbing na caverna de água foi mais uma experiência incrível neste país tresloucado. Basicamente as pessoas sentam-se numa bóia e vão percorrendo a gruta com a ajuda de uma corda até chegar à nascente no meio da montanha! Não é uma experiência para quem sofre de claustrofobia, pois a caverna é estreita e está sobrelotada.









Depois do almoço seguimos em direcção ao rio e começámos o kayaking. Foi um passeio muito bonito e tranquilo, pelo menos até ao segundo rápido do rio que foi onde "capotámos". Tranquilamente fomos descendo o rio, observando as pessoas que vivem ou trabalham nas margens, sempre com as montanhas à ilharga e os sons fantásticos da natureza. Depois de 3 horas de comunhão com a natureza, chegámos ao primeiro bar dos que integram o circuito de Tubbing, onde bebemos uma cervejinha só para refrescar, pois como eu disse anteriormente esta não é a minha onda! Depois chegámos à cidade e assim terminámos mais um dia em grande.










Dia 6 - Vang Vieng

Estávamos um pouco cansados das actividades do dia anterior e optámos por ficar pela cidade, relaxar junto ao rio e esperar pelo último grande momento da nossa passagem por Vang Vieng, o passeio de balão! Era algo que já queria fazer há muito tempo, e depois da tentativa falhada em 2015 na Capadócia devido ao mau tempo, esta era a segunda grande oportunidade, pois é um local privilegiado para esta prática.

















Dia 7 - Luang Prabang

Chegando...
  
Para chegar a Luang Prabang existem algumas opções, mas eu penso que a melhor maneira é de mini van mesmo. Os voos são caros mas para quem tem orçamento é uma forte possibilidade. Luang Prabang tem um aeroporto novo e fica bem perto da cidade. Existem alguns autocarros VIP que fazem a ligação, mas demoram entre 6 a 7 horas devido às más condições da estrada e às inúmeras paragens que fazem para descansar. Eu fui de mini van e a viagem durou 5 horas e correu tudo bem. A vantagem das mini vans é que vão nos buscar ao hotel e poupa-nos muita dor de cabeça e é mais barato, o bilhete custou 80.000 KIPS (8,8€) e comprei-o no hotel.

O Mini bus deixou-nos mesmo no guest-house, o que também é uma vantagem, e pouco tempo depois já estávamos a passear pela cidade.
Verdadeiramente encantadora, Luang Prabang tem uma atmosfera especial que me prendeu desde o momento em que chegámos. Muito limpa e organizada, com os seus templos inúmeros templos budistas, e a zona ribeirinha é algo indescritível!  



 
 
 



 
Dia 8 - Luang Prabang

É uma cidade relativamente pequena e pode ser conhecida de bicicleta que foi o que fizemos neste dia.
Visitámos alguns templos...

Wat Chieng Muan

Mais à frente vi esta ponte de bambú e decidi seguir os monges até à outra margem...


 

 
 
 



Mais à frente subimos ao Mount Phousi, onde se tem uma vista de 360º sobre a cidade...






Dia 9 - Luang Prabang/ Kuang Si Falls/ Hanoi

O dia amanheceu fantástico e por isso apressámo-nos a reservar a viagem a Kuang Si Falls o mais rápido possível. É um passeio que pode ser reservado em qualquer agência ou guest house ou então pode alugar uma bicicleta ou scooter e ir por conta própria, algo que não aconselho muito pois as estradas são sinuosas e é um longo caminho (30km) até às cataratas. A mini van parte por volta das 12:00 e também às 14:00, demora cerca de 40 minutos a chegar ao destino e custa 40.000 KIP (4,30€), uma vez em Kung si, temos cerca de 3 horas para visitar o local enquanto a van aguarda à saida do recinto. Atenção que o valor que pagou pelo transporte não cobre a entrada no parque que custa 20.000 KIP (2,20€).
No preço do bilhete está ainda incluído o refúgio de ursos pretos que pode visitar logo à entrada e deixar a sua doação!
Existem algumas lagoas de água cristalina onde é possível nadar, e tem também uns balneários onde poderá trocar de roupa. Tem ainda várias áreas de piquenique e um pequeno restaurante. É possível subir a encosta até ao topo da cascata, mas cuidado, é a cascata mais alta de Luang Prabang e a queda de 60 metros não estará de certo nos seus planos!









No final da noite aguardava-nos um voo de Luang Prabang para Hanoi, a capital do Vietname, que há muito me deixava inquieto. Não sou propriamente fã de voar (apesar de já o ter feito inúmeras vezes e inclusive ter saltado de para-quedas!!!) e aqui está a razão porque estava nervoso só de pensar no assunto:


Uma bugiganga com asas.., e hélices! Eu pensei "esta coisa nem vai ter força suficiente para levantar voo!", mas levantou voo na perfeição. O que não correu na perfeição foi o voo em si que é bastante atribulado nesta rota específica. Na subida sofremos bastante turbulência e na descida parecia que nos íamos despenhar... Mas à parte disso correu muito bem!!
O nosso transfer que reservamos através do guest-house estava à nossa espera, e o melhor de tudo foi que não nos tentou extorquir dinheiro.


Dia 10 - Hanoi/ Halong Bay

A estadia em Hanoi leva-nos ao erro número 2 que foi não ter ficado mais uns dias para conhecer a cidade em si, pois nesta estadia concentrámo-nos apenas na Baía de Halong.

Reservamos a excursão a Halong Bay de 2 dias e 1 noite no guest-house mas pode fazê-la directamente no site das companhias de cruzeiros ou através do Booking.com. Os preços podem variar um pouquinho e no meu caso saiu mais barato pelo guest-house, mas a vantagem de reservar pelo booking.com é que no fim podemos deixar a nossa opinião
Existem várias opções e para todos os bolsos mas digo desde já que por menos de 100 euros por noite e por pessoa não encontrará nada de bom. No nosso caso reservamos um quarto deluxe no Fantasea Cruise e não posso dizer que tenha sido muito bom apesar de não ter sido assim tão mau. A comida não era assim muito boa e também não havia nenhum "luxo" à vista!
Infelizmente estava mau tempo e chovia bastante. O nevoeiro desvendou pouco daquilo que gostariamos de ter visto, mas ainda assim foi uma experiência para recordar.

















Dia 11 - Hanoi/ Hue
Dia 12 - Hue

A viagem entre Hanoi e Hue foi bastante longa, são cerca de 700 quilómetros que separam as duas cidades existem várias opções para lá chegar, sendo que a viagem de avião é a escolha mais acertada, pois é mais rápida e barata até. Eu, porém, queria fazer um trecho da chamada "Linha da Reunificação" e o comboio foi então o meio de transporte escolhido. Tal como já tive oportunidade de referir em outros posts, o comboio da noite é uma excelente alternativa para, pois permite poupar bastante tempo nas deslocações e também algum dinheiro em acomodação. 
Os comboios no Vietname têm qualidade aceitável, com carruagens asseadas e relativamente modernas, o problema reside nas casas de banho que são absolutamente nojentas (não tão nojentas como na Tailândia) e também no vagão restaurante, onde vi inclusive baratas e ratos a circularem calmamente! É também uma excelente oportunidade para conhecer pessoas e trocar ideias.., infelizmente, nesta viagem de 13 horas, não conheci ninguem que falasse uma língua conhecida! Foi também a primeira vez que consegui dormir num comboio, há que referir!

Chegada a Huê e nada de novo..! Nova burla no taxi e mais um tempinho perdido à procura do hotel...
Com esta paragem em Huê pretendia apenas quebrar a longa viagem entre a capital e Hoi An mas acabou por ser uma agradável visita, com a Cidade Imperial em bom plano! 




























 Dia 13 e 14- Hue/ Danang/ Hoi An

A viagem entre Hue e Danang é curta e dá pra ir de táxi ou autocarro, mas eu escolhi ir de comboio para poder apreciar um dos cenários mais encantadores desta "linha da reunificação". O trajeto é feito sempre pela costa, atravessando colinas e passando por aldeias de pescadores e praias magníficas.


Imagem: http://www.seat61.com

http://www.seat61.com
A viagem dura cerca de 2 horas e meia e o bilhete pode ser comprado na estação de comboios em Hue no próprio dia (excluindo alturas de comemorações como o TET).
Não existem comboios diretos para Hoi An, por isso à chegada a Danang é necessário apanhar um táxi ou bus para Hoi An. Nós fomos de carro particular que negociamos logo na chegada à estação e ficou muito em conta, cerca de 10 euros para fazer os cerca de 30 km que separam as duas localidades. O carro era bem confortável com ar condicionado e foi bem rápido, umas das poucas vezes que não me tentaram enganar no Vietname!
A cidade de Danang impressiona pela sua modernidade, com infraestruturas imponentes como as lindas pontes que atravessam o rio Song Han. É uma importante zona turística de praia no Vietname, por isso este desenvolvimento é normal.
O carro deixou-nos mesmo no hotel por isso, desta vez, não ouve exercícios complicados de tentar chegar ao destino final.

Hoi An foi outrora um porto comercial bastante importante no Sudeste Asiático nos séculos XV a XIX. A mistura entre as culturas indígenas e estrangeiras (portugueses, holandeses, japoneses...) resultou nesta magnífica cidade antiga que mais tarde, em 1999, foi declarada Património Mundial.

Hoje o centro da cidade, onde tudo começou, encontra-se em óptimo estado de conservação. Não é permitida a circulação de veículos motorizados na maior parte do dia, e para entrar neste "museu a céu aberto" é necessário pagar uma taxa de conservação à entrada do local. Apesar de termos comprado o ingresso, ninguém em algum momento nos pediu o comprovativo a não ser à entrada de alguns templos, o que me deixou um pouco a matutar! Talvez não seja necessário comprar o ingresso a não ser que esteja a pensar visitar os templos...






Templo nas imediações do hotel, ainda fora do centro histórico




A cidade é linda, e para além do centro histórico e seus templos, a gastronomia local é soberba, sendo que a sua influência costeira é inegável. Bom marisco, bom peixe.., mas os preços não ajudam muito. É um local turístico.., muitooooo turístico! Por isso é necessário doses de paciência extra para aturar os logistas ("no pressure, no pressure"), os motoristas de riquexó, os passeios de barco no canal, os vendedores de bugigangas, as pessoas que nos tentam cobrar dinheiro para estacionar as bicicletas (não é obrigatório dar nada!!!), enfim, uma parafernália de vigaristas!




















A maneira mais fácil de se mover pela cidade é de bicicleta que a maioria dos hotéis e guest-houses disponibiliza gratuitamente. Um dos trajectos mais populares é o caminho entre a cidade e a Praia "Cua Dai", que atravessa os campos de arroz.










Ao segundo dia voltamos ao centro histórico de dia e de noite para tentar absorver tudo o que a cidade tem para nos oferecer.















A famosa Ponte Japonesa Coberta construída em 1593 faz as delícias dos visitantes. 






















 
 

 


 

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